MEMÓRIA PARA DRUMMOND!

Quando falamos em memória, logo pensamos em tempos passados de nossas memórias que só retornam quando são revisitadas por ordem da mente. Memória é tudo aquilo que registramos ao longo do tempo, geralmente, de forma mental e que só as tornamos publica sob a procura de um admirador de recordações. Em outros momentos, esta memória se registra em forma de versos e que para um poeta, é tal e qual ouro de mina. O poeta Drummond em muitos de seus poemas lançou mão destas memórias da lembrança, que felizmente podemos alcançá-las agora por meio de belos registros da sua escrita. Seu universo também era pontuado por um saudosismo romântico onde melancólicos poemas prosseguem sobre novos tempos a nos presentear.
Com vocês: MEMÓRIA!

imagem: Desfile "Todo mundo e ninguém" de Ronaldo Fraga, para Drummond
fonte: divulgação

MEMÓRIA

Amar o perdido
Deixa confundido
Este coração.

Nada pode o olvido
Contra o sem sentido
Apelo do Não.

As coisas tangíveis
Tornam-se insensíveis
À palma da mão.

Mas as coisas findas,
Muito mais que lindas,
Essas ficarão.


(DRUMMOND, 2012, p.310, volume I)

Comentários

Postagens mais visitadas