Como criar o diferente?
Criar o diferente não é apenas se inspirar em algo. Precisamos pesquisar, pensar, analisar e sobre tudo, ponderar com as escolhas! Para o Design de Moda, e acredito ser assim para todo o tipo de design, durante o processo de criação, é imprescindível que o produto final, já envolto em um conceito, esteja coordenado ao estudo de materiais e fontes de pesquisa, sejam elas primárias ou secundárias. Bem, acho que agora começamos a expandir nosso pensamento criativo, ou seja, nosso delírio criativo. Para explicar melhor este processo vou lhes contar uma história sobre meu TCC.
Me formei em Bacharel de Moda pela Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ, na cidade maravilhosa, e sou muito feliz com minha escolha profissional. Sempre estive envolvida com a moda, desde pequena, quando iniciei meus primeiros passos já no salto alto! Sim, comecei cedo a modelar. Modelar pra quem não sabe, tem dois significados. O que me refiro é no sentido das passarelas de moda, mas existe também o fazer por molde, ou modelo de uma peça de roupa, por exemplo. Mais tarde, troquei as passarelas pelo aprendizado da confecção de vestuário masculino, onde uma parte da família ainda mantem seu foco. A faculdade veio depois de todas estas experiências, mas mesmo percorrendo estes caminhos, me vi em apuros em meu sonho criativo de TCC.
O tema geral foi “Identidade carioca”, e nós alunos, haveríamos de escolher o nosso subtema. O meu primeiro tema foi “As mulheres de Guinle”. Ao apresenta-lo a orientadora do TCC, foi-me inquerido a seguinte pergunta: Mas as mulheres de Guinle eram cariocas? Pronto, naquele momento me senti igual à música de Maysa, e meu mundo começava a desabar ali. Passei as férias de julho lendo um livro sobre a vida de Jorge Guinle, e já podia imaginar os modelos que seriam criados por meio de tanto glamour, naquela história do herdeiro milionário. Mas precisei muda-lo, pois ali mesmo, minhas fontes de pesquisas primárias, já revelariam que aquelas mulheres lindas e poderosas não tinham a identidade carioca que se pedia.
Muito bem, então pensei em algo que me daria prazer em escrever e igualmente criar. Mudei para “Gafieira Estudantina”! E tem melhor tema pra identificar um típico carioca? E depois adoro a dança. Tema escolhido, público alvo glamorizado, silhuetas determinadas pela forma do bailado, e materiais reservados. E acontece a primeira banca! Levei aparelho de som, com uma música especifica sobre o “Estatuto da Gafieira”, que, aliás, é muito divertido, e diante a tanta energia, meus professores se levantaram das cadeiras e começaram a bailar! Foi incrível a sensação que provoquei no ambiente. A música acabou e as perguntas começaram a serem feitas. Porque escolheu tecidos tão nobres? Por que quero glamorizar o público da Estudantina. E as perguntas seguiram. Se suas roupas estão com materiais e beneficiamentos tão nobres, como tafetás, crepes de seda e plissados variados, como serão seus acessórios? Serão de metal. Mas, metal nobre, não é mesmo? E outra vez senti que Maysa estava cantando pra mim! E é dessa forma, que pensamos, analisamos e vivemos nossos sonhos criativos. Em uma hora sabemos tudo sobre a coleção, em outra, pensamos que esta tudo perdido. Mas sobrevivemos nestes devaneios...
Me formei em Bacharel de Moda pela Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ, na cidade maravilhosa, e sou muito feliz com minha escolha profissional. Sempre estive envolvida com a moda, desde pequena, quando iniciei meus primeiros passos já no salto alto! Sim, comecei cedo a modelar. Modelar pra quem não sabe, tem dois significados. O que me refiro é no sentido das passarelas de moda, mas existe também o fazer por molde, ou modelo de uma peça de roupa, por exemplo. Mais tarde, troquei as passarelas pelo aprendizado da confecção de vestuário masculino, onde uma parte da família ainda mantem seu foco. A faculdade veio depois de todas estas experiências, mas mesmo percorrendo estes caminhos, me vi em apuros em meu sonho criativo de TCC.
O tema geral foi “Identidade carioca”, e nós alunos, haveríamos de escolher o nosso subtema. O meu primeiro tema foi “As mulheres de Guinle”. Ao apresenta-lo a orientadora do TCC, foi-me inquerido a seguinte pergunta: Mas as mulheres de Guinle eram cariocas? Pronto, naquele momento me senti igual à música de Maysa, e meu mundo começava a desabar ali. Passei as férias de julho lendo um livro sobre a vida de Jorge Guinle, e já podia imaginar os modelos que seriam criados por meio de tanto glamour, naquela história do herdeiro milionário. Mas precisei muda-lo, pois ali mesmo, minhas fontes de pesquisas primárias, já revelariam que aquelas mulheres lindas e poderosas não tinham a identidade carioca que se pedia.
Muito bem, então pensei em algo que me daria prazer em escrever e igualmente criar. Mudei para “Gafieira Estudantina”! E tem melhor tema pra identificar um típico carioca? E depois adoro a dança. Tema escolhido, público alvo glamorizado, silhuetas determinadas pela forma do bailado, e materiais reservados. E acontece a primeira banca! Levei aparelho de som, com uma música especifica sobre o “Estatuto da Gafieira”, que, aliás, é muito divertido, e diante a tanta energia, meus professores se levantaram das cadeiras e começaram a bailar! Foi incrível a sensação que provoquei no ambiente. A música acabou e as perguntas começaram a serem feitas. Porque escolheu tecidos tão nobres? Por que quero glamorizar o público da Estudantina. E as perguntas seguiram. Se suas roupas estão com materiais e beneficiamentos tão nobres, como tafetás, crepes de seda e plissados variados, como serão seus acessórios? Serão de metal. Mas, metal nobre, não é mesmo? E outra vez senti que Maysa estava cantando pra mim! E é dessa forma, que pensamos, analisamos e vivemos nossos sonhos criativos. Em uma hora sabemos tudo sobre a coleção, em outra, pensamos que esta tudo perdido. Mas sobrevivemos nestes devaneios...
Imagem: Jade Brant, modelo e aluna do curso de Design de Moda CES/JF
Fonte: arquivo pessoal
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